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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De bike pela Rodovia do Cerne

Nesse sábado (28) participei de outro pedal inédito para meu currículo. Dessa vez, a convite do biker Oscar Riekes, rumamos  para as bandas de Campo Magro, com o intuito de pedalar pela falada, temida e histórica Rodovia do Cerne.

Às 8hs saímos do Portal de Santa Felicidade para nossa aventura.


Passando por Santa Felicidade e Campo Magro logo estávamos em Bateias para um cafezinho na veia.


De lá, seguimos a placa e, rodando uns 8 km, o asfalto deu lugar a terra. Finalmente estávamos girando pela histórica rodovia paranaense.


Batizada oficialmente de "Rodovia Engenheiro Angelo Ferrario Lopes", a obra foi a principal da década de 1930, que na época foi considerada como "a maior rodovia que se construiu no Paraná em todos os tempos". Inaugurada em setembro de 1940, o nome de Rodovia do Cerne, provém do Rio Cerne. Essa denominação prevalece até hoje. Cerne, na verdade, é um rio localizado no km 35. A rodovia, tinha por finalidade promover o escoamento das safras de café produzidas no Norte do Paraná, sendo a primeira grande estrada de rodagem visando integrar o norte do Paraná ao sul do Estado. (http://www.der.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=9)


Nosso destino era a Fazenda Bom Jesus - na localidade de Três Córregos - distante cerca de 30km do asfalto.
Os primeiros quilômetros na estrada é somente alegria. Maravilhosas descidas dão o ar da graça. Porém, passando a ponte do Rio Açungui, a impressão que se tem é a de que você está pagando todas as promessas de sua vida.

 
As sucessivas e intermináveis subidas (com 3km a 5 km de extensão) e as pedras soltas do caminho fazem sua musculatura fritar. O desgaste físico é gigante!



Subindo, subindo e subindo, nosso ânimo era renovado pelas belas paisagens que compõem  a rodovia.




Depois de rodar 60km - sendo 28km percorridos na terra - fomos recebidos pelos anfitriões Gelson e Iria, na porteira da fazendaàs 11h40min.

Após conhecermos a bela e produtiva Fazenda Bom Jesus partimos para nosso almoço. Na verdade, nos foi preparado um verdadeiro banquete, com direito a uma saborosa costela, regada de cerveja gelada e como acompanhamento, diversos produtos orgânicos retirados, momentos antes, da bela horta. Realmente uma delícia!

Depois de nos fartamos com a excelente comida e boa conversa era hora de retornarmos para Curitiba. De estômago cheio a moleza bateu geral e a preocupação com a volta cresceu ainda mais. 


Porém, mais uma vez, a generosidade da família foi tamanha que o nobre Gelson autorizou seu sobrinho (Rafael Rech) a nos levar de carona até o asfalto, economizando 28 km de pedal. (ufa, que alegria....hehehehe).


Às 16hs, já no asfalto, a bicicleta do Oscar - depois de trocar um pneu - apresentou um problema no freio. Girando com certa preguiça e com outras subidas fortes no caminho chegamos em Curitiba, às 18h15min...


Em resumo, posso dizer que a Rodovia do Cerne é um roteiro para quem possui bom preparo físico e mental. É uma estrada impiedosa com sua musculatura, mas generosa em sua paisagem. Um destino imperdível para quem gosta do mais puro MTB.


Por fim, gostaria de agradecer, na pessoa do nobre amigo Gelson, toda a hospitalidade e generosidade da família. Sem dúvida, vocês são pessoas especiais!



Dados do Pedal:

Participantes: 2 bikers
Quilômetros rodados: 94Km

Imprevistos: 1 pneu furado
Nível: difícil
Beleza Natural: 5 estrelas (uma até cinco estrelas) 








segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Curitiba - Morro do Cristo (Balsa Nova)

Neste domingo (22) realizei mais um pedal inédito para o meu currículo. 
Acatando a sugestão do temido Capitão Nascimento o destino escolhido foi o Morro do Cristo, na Serra do Purunã. Um passeio que novamente romperia a barreira dos 100km de distância.



Conforme combinado o primeiro grupo saiu às 8hs do Walmart Cabral para encontrar com o restante dos aventureiros, às 8h30min, no Parque Barigui. 


Com a chegada de todos fomos pedalando pela BR-277 e avançando sem qualquer problema. Aproveitando a temperatura amena e a nebulosidade da manhã desenvolvemos um giro constante, chegando em Campo Largo rapidamente. Lá encontramos com a Super Kátia que seguiria com a gente até o Morro do Cristo.
De Campo Largo saímos às 9h40min para o primeiro grande desafio do pedal: A subida da Serra do Purunã. Apesar do longo aclive todos chegaram ao Ponto de Apoio do pedágio são e salvos para o merecido cafezinho grátis na veia.


Na sequência, partimos para o ataque final. O Morro do Cristo estava próximo de ser conquistado. 


Rodando poucos quilômetros por uma estrada de terra, logo consegue-se avistar a imponente e curiosa construção.


Construído no alto da Serra do Purunã e pertencente ao município de Balsa Nova, o local possui um mirante de onde se consegue visualizar grande parte da Região Metropolitana de Curitiba, inclusive os recortes da Serra do Mar. 





A curiosidade do Cristo é que ele foi construído a mando de um casal de Guarapuava. Ele mede 18,5 m de altura e 13,5 m de largura. Sua construção é composta de 123 peças pré-fabricadas, vindas de Campinas-SP, algumas pesando 300 quilos. Está a 1.200 m acima do nível do mar sobre um pedestal de pedra com 5m de altura (fonte: http://www.turismo.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=17?conteudo=7)
De fato, é um lugar fantástico que deve ser visitado por todos!

A nota triste é que toda a infraestrutura que cerca o local está jogada às traças, não condizendo com a bela e exuberante beleza natural da região.  
Após contemplarmos a bela paisagem era hora de partimos.

Todos sabiam que a volta para Curitiba seria bem desgastante, seja pelo sol que estava de fritar mamona, seja pelo exigente trajeto de retorno, seja pelo cansaço que começava aparecer. Esse era o segundo desafio a ser vencido! 


Antes de chegarmos ao asfalto o visual convidava para mais e mais fotos...





No asfalto, depois da divertida descida da serra, rapidamente chegamos em Campo Largo, e de lá, depois de uma reidratação, isso perto das 12hs, partimos para a pedalada final. 
Com 30 km a percorrer até Parque Barigui resolvi acompanhar o biker Lucas - de 15 anos de idade - que insistia em girar a 35 km/h.  Com muita, mais muita força de vontade consegui segui-lo, chegando em Curitiba, às 12h50min...


No Barigui, esperamos os demais por cerca de meia hora, mas nem sinal de fumaça da galera. Depois descobrimos o motivo do atraso. O Cap. Nascimento teve seu pneu rebitado na rodovia... hehehehe...




Faltava somente 10km e outras boas subidas para enfrentar até chegar ao meu ponto final. Às 13h20min rumamos para as bandas do Cabral, conseguindo abrir a porta de casa às 13h45min.


Apesar do cansaço e da fome, cheguei dentro do horário previsto no alvará da patroa.. hehehehehehe...

Dados do Pedal:

Participantes: 9 bikers
Quilômetros rodados: 102,42km

Média: 24,37 km/h
Tempo pedalado: 4h12min
Imprevistos: 1 pneu furado
Nível: difícil
Beleza Natural: 5 estrelas (uma até cinco estrelas) 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Curitiba - Matinhos de bike

Em 2012 gostaria de inaugurar os pedais longos - acima de 70km - para um destino inédito. Após algumas reflexões e do convite de meu amigo China resolvi que o destino seria Matinhos - via BR-277.


Com o tempo bastante instável percebi que o nosso sábado (14) seria de fortes emoções. Nem o amanhecer nublado e com chuvisco foi páreo para frear nossa adrenalina.


Do posto da BR-277 saímos às 7h15min rumo ao pedágio. Neste trecho a garoa fina mais ajudava do que atrapalhava nosso deslocamento, sendo um refresco para o início da nossa aventura.

No pedágio, com o cafezinho grátis na veia, saímos debaixo de chuva para a descida da serra.
 
Apesar do asfalto mais perigoso e do tráfego intenso de veículos - afinal ainda é férias -  foi bem divertido e emocionante dividir a velocidade com os caminhões...

Na altura do Ponto de Apoio da Serra paramos para conhecer a Cachoeira do Jajá. Um local belíssimo que possui uma cachoeira digna de aplausos (www.cachoeirasdojaja.com.br).



Retomando nossa saga partimos para o Ponto de Apoio da Ecovia - na entrada da Rod. Alexandra - Matinhos. 

A Chuva não dava trégua e com mais um cafezinho grátis na veia partimos para a pegada final até Matinhos.


De todo o trajeto, essa era a hora mais complicada que tínhamos pela frente. Com o ciclocomputador marcando cerca de 73 km pedalados sabíamos que enfrentaríamos mais de 30 km por uma rodovia monótona - pelas intermináveis retas - e perigosa  - por não ter acostamento. 


Depois de trocar um pneu furado do China e girando com uma média de 32 km/h rapidamente chegamos em Matinhos para o merecido banho de mar e descanso. Na chegada a chuva resolveu parar e o sol começou dar o ar de sua graça.


No ponto final - residência da namorada do China - fomos maravilhosamente recepcionados.
 
Não bastasse tamanho carinho um delicioso banquete foi preparado para nós. 

Depois de nos fartarmos com a deliciosa comida e de um gostoso bate-papo com a família era hora de partir para Curitiba. Dessa vez, retornaria sozinho, já que o China aproveitaria o final de semana no litoral junto a sua amada...  


Antes de pegar a Viação Graciosa dei uma passada por Caiobá para curtir um pouco do visual. 


Com o avançar da hora desloquei-me até a Rodoviária chegando em Curitiba, às 18hs. 


Sem dúvida foi um pedal desafiador pela distância e pela chuva incessante, mas compensador pelas belíssimas paisagens conhecidas e pelas novas amizades adquiridas...  


Dados do Pedal:

Participantes: 2 bikers
Quilômetros rodados: 107.56km

Média: 30,52 km/h
Tempo total: 4h30min
Imprevistos: 1 pneu furado
Nível: difícil
Beleza Natural: 5 estrelas (uma até cinco estrelas)