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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pedal: Morro do Canal (ataque ao cume) - Aldeia Araça-I - Represa Cayguava

Abrindo os trabalhos pedalísticos do segundo semestre de 2012 resolvi convidar o pessoal para uma pegada até o Morro do Canal, com a possibilidade de realizar o esperado ataque ao seu cume, já que nunca tinha feito esta escalada, muito embora já tivesse visitado o Morro em três oportunidades.


O convite foi recepcionado por 8 bikers, sendo que 4 deles iriam até o pedágio somente.


Saímos, às 8h30min, do Posto da BR-277 em direção ao famoso cafezinho grátis na veia.


Sem qualquer imprevisto chegamos em 42 min ao Ponto de Apoio. A partir daí, como combinado, 4 bikers voltaram para Curitiba pela BR, porém Ricardo Kenji, Fabrício Valente, Sérgio e eu zarpamos para o Morro do Canal.


Rodando 12km por terra, logo estávamos no pé do Morro.
 O dia estava maravilhosamente belo e percebi que todos estavam animados com a possibilidade de observar o visual lá de cima.
Após alguns questionamentos feitos ao pessoal da base do Morro colocamos em votação se iríamos ou não atacar o seu cume.
Como tudo era novidade, pois era a primeira vez que todos fariam uma escalada, em votação unanimidade, partimos para o desafio.

Como aventureiros de primeira viagem não sabíamos exatamente o que nos esperava. 
No início, a trilha é fácil, porém, quanto mais avançávamos mais os paredões de rochas ficavam verticais, dificultando em muito nosso avanço, principalmente para o Fabrício e eu, que estávamos de sapatilha. 










Muito cansados e 1h depois de iniciar a escalada chegamos ao seu cume. 
A paisagem lá de cima é algo tremendo, sem explicação, coisa Divina! 










Entorpecidos pelo visual permanecemos cerca de 40 min contemplando a magnífica paisagem e, às 11h45min, começamos a descida, que foi finalizada 35min depois. 


Famintos, foi a hora de repor as energias na lanchonete local.

Perto das 14hs iniciamos nosso pedal de regresso. 
Minha ideia era passar pela Represa Cayguava e, de lá, voltar por Piraquara. 


Como fazia tempo que não ia para a região, acabei me perdendo e entrando na Aldeia Indígena Araça - I, sem saber que vivenciaríamos uma incrível experiência.  


A aldeia é daquelas como as retratadas nos livros de história. As casas são barro e os índios, que mal falavam português, indicavam o isolamento do local.    


Com uma certa tensão no ar fomos avançando até chegarmos ao núcleo da Aldeia. Nessa oportunidade, perguntei a um grupo de índios como fazíamos para chegar em Piraquara. 
Porém, uma índia (espécie de cacique), com um imenso facão na mão e falando o dialeto deles, começou a esbravejar, foi quando percebemos que não éramos bem-vindos. Rapidamente, demos meia-volta e saímos cantando pneu da Aldeia... rsrsrsrs


Apesar do susto, o que constatamos foi algo extremamente inusitado. Foi uma viagem no tempo e aos livros de história. Um local que merece todo nosso respeito, admiração e que deve ser preservado.


Passado o susto, retomamos a rota certa e passamos pela Represa Cayguava e, de lá, chegamos em Piraquara.



O sol era forte, o cansaço intenso e a fome tremenda, nessas condições, nada melhor do que um pit stop para um caldo de cana.
Reidratados, rasgamos pelo retão de Piraquara até Curitiba. 
No Carrefour Pinhais cada um seguiu seu norte, certos de que tivemos um dia espetacular e que entrou, com certeza, no rol como um daqueles inesquecíveis! 

Dados do Pedal:


Participantes: 4 bikers
Quilômetros rodados: 87 km
Nível: Difícil (pelo ataque ao cume)
Imprevistos: nenhum
Beleza Natural: 5 estrelas (uma até cinco estrelas)
Custo: R$ 14,00 (lanche, água, caldo de cana, cerveja)

2 comentários:

  1. Parabéns pelo pedal... desta vez não pude ir, mas na próxima oportunidade com certeza irei... Abraço a Todos Cristiano Tadielo

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  2. Muito bom. Já subi ao cume, que é curto. Já andei por essa região, e quase caí dentro dessa aldeia. Encontrei com 3 locais, um com facão e outro com enxada, estava descansando nesse momento. Quando ele disse "bela bike"... nessa hora só disse "ehhhh" ... mas pensei... "fudeu" Mas não deu em nada.

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